quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nossos tesouros...

Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração”. (Lucas 12:34)

Este versículo está num contexto muito bonito entre os ensinos de Jesus, mas hoje me desabo nele em outro desabafo, destacando a frase para algumas peripécias da vida...

No que realmente temos depositado “Valor”? Seriam às circunstâncias? Aos prazeres? Aos objetivos? Às pessoas? Às opiniões? O que realmente nos importa? Onde temos investido nosso tempo?
Quantas outras perguntas como essas poderiam permear o tema do “Valor”, das prioridades, da relatividade de nossas escolhas?

Vejo no meio de amigos e pessoas cristãs muitas vezes um julgamento errado quanto a maneira de demonstrar, por exemplo, nosso amor por Jesus. Forma essa que engloba ações louváveis que demonstram carinho e gratidão por Sua maravilhosa graça (eu não quero desmerecer esses momentos tão agradáveis de nossa comunhão Ele), mas vejo também que na ansia por agradar a Deus, acabamos por nos esquecer de nossa vida em comunidade, o que não posso afirmar que acarreta em desagradar ao Senhor, porém, por vezes, magoa o nosso próximo.

Somos demasiadamente metódicos. Parece uma mania de segmentar.
Aprendi na igreja que temos vida sentimental, vida financeira, vida ministerial, vida familiar, vida isso, vida aquilo... (rs), mas tenho desaprendido esse conceito, porque a própria vida me ensina que sou apenas uma. E encontrar o equilibrio entre os diferentes assuntos que giram em torno do meu cotidiano me faz satisfeita em simplismente viver... ou ir vivendo...
É, nem sempre encontramos um equilíbrio, não quero metodizar (existe essa palavra? rs) só quero dizer que as coisas vão simplismente acontecendo e nem sempre temos que escolher por regras, mas por "noção"! E ai está: Ao que temos dado mais valor?

Além de toda segmentação para as áreas da vida, há também uma hierarquia que nos guia ao que dar prioridade: Primeiro a Deus, depois familia, depois trabalho, depois minsitério... e por ai vai...
Mas todos sabem de cór e salteado que Jesus resume os mandamentos em “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” e será que essa nossa sequencias se enquadra?

Por quanto tempo abri mão de momentos agradáveis, importantes e especiais em prol dessas prioridades pré-estabelecidas? Assumo hoje o tamanho de minha religiosidade nesse assunto. Gente, eu era assim... me desculpem, eu pregava isso e acreditava estar fazendo a escolha certa, mas na verdade era movida por um jugo de acusação cruel de cobranças, primeiro as minhas a mim mesma (como se todo meu esforço ministerial fosse realmente prova do meu compromisso com Jesus), segundo por ter ouvido o mesmo discurso que eu repetia de mais uma hierarquia criada em prol da “ordem” que pressupostamente estava acima de minhas escolhas e decisões próprias.

A graça de Deus aponta para o outro lado. Do favor imerecido, não precisamos provar pra ninguém, nem para nós mesmos o quanto amamos ao Senhor. O quanto temos o desejo de serví-lo de todo nosso coração. E mesmo quando pensamos que fracassamos, Ele nos ama.

Que este pequeno desabafo nos faça reestabelecer nosso valores e princípios.
Escolher agradar ao Senhor sem normas, regras, doutrinas, métodos, segmentos e hierarquias faz parte do evangelho puro e simples... Nos leva à leveza. Nos ensina a interagir com o Criador independente das fórmulas que tem sido apresentadas.

Apenas dois versos anteriores ao primeiro citado no topo deste post nos garante, nas Palavras do Pastor:

Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino”. (Lucas 12:32)